UNIVERSIDADE
CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO
“LATO SENSU”
PROJETO
A VEZ DO MESTRE
O
SUPERVISOR PEDAGÓGICO DA ESCOLA
NOVA –
EDUCAÇÃO PARA A AÇÃO MOTIVADORA
LUCIRENE MARIA FARIA
CARNEIRO
ORIENTADOR
PROFESSOR ANTÔNIO
FERNANDO VIEIRA NEY
POÇOS DE CALDAS
Novembro /2010
UNIVERSIDADE
CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO
“LATO SENSU”
PROJETO
A VEZ DO MESTRE
O
SUPERVISOR PEDAGÓGICO DA ESCOLA
NOVA –
EDUCAÇÃO PARA A AÇÃO MOTIVADORA
Trabalho de conclusão de
curso apresentado à
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
(UCAM)/
PROJETO A VEZ DO MESTRE como
um dos pré-
requisitos para a obtenção
de grau de ESPECIALISTA
EM SUPERVISÃO ESCOLAR,
orientado pelo
Professor Antônio Fernando
Vieira Ney.
POÇOS DE CALDAS
Novembro / 2010
UNIVERSIDADE
CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO
“LATO SENSU”
PROJETO
A VEZ DO MESTRE
O
SUPERVISOR PEDAGÓGICO DA ESCOLA
NOVA –
EDUCAÇÃO PARA A AÇÃO MOTIVADORA
Banca Examinadora
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AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a
Deus, pela saúde e
sabedoria, pois sem Ele nada
seria possível. A minha
mãe, em especial, profª
Benedita, pelo incentivo e
apoio constante. Ao meu pai,
Milton e meus irmãos
Lucélio e Lucimilton pelo
auxílio às pesquisas. À
Janete Rennó, vice-diretora
da SEPEMA, pela
disponibilização de
informações. A minha prima
Rosângela Gusmão pela força.
Aos meus alunos e
colegas de trabalho que,
direta e/ou indiretamente
contribuíram para a
constante fundamentação desse
trabalho durante esses anos.
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho, aos
meus familiares, pessoas
com as quais dividi todos os
momentos, aos
professores, educadores,
supervisores, alunos que
buscam inovar sua ação
pessoal e profissional no
dia-a-dia mediante as
necessidades próprias e de
nossos alunos neste século
XXI.
RESUMO
Neste trabalho
apresentaremos um histórico sobre a importância do
supervisor na escola, pois
ser supervisor significa ter liderança, na qual vise
melhoria no processo
ensino–aprendizagem, executando atividades que influenciam
estimular o professor para
melhor desempenhar suas funções, comprometido com a
qualidade de ensino, não
imposta de cima para baixo, mas sim na interação entre
supervisor e professores.
A escola atual deve ser
organizada com visões coletivas no sentido de
responsabilizar cada membro
por suas ações, valorizando a capacidade de pensar,
o diálogo, a soma de
talentos individuais, a visão do conjunto, as interrelações das
partes que forma um todo. O
supervisor deverá ser líder da caminhada do aprendiz
no interior da escola, sendo
parceiro dos profissionais no processo ensino-
aprendizagem, reconhecendo a
importância de buscar inovações em suas ações e
formas de assegurar a
participação da comunidade, onde todos serão
responsáveis pelo bom
desempenho da escola.
Palavras chave - comunidade,
supervisão, escola.
ABSTRACT
In this paper we present a
background on the importance of the supervisor at
the school, because being a
supervisor means having leadership, which aims at
improving the
teaching-learning process, carrying out activities that influence to
encourage the teacher to
better perform their duties, committed to quality education,
not imposed from the top
down, but the interaction between supervisor and teacher.
The current school must be
organized with the collective views towards each
member accountable for their
actions, emphasizing the ability to think, the dialogue,
the sum of individual
talents, a clear focus, the interrelationship of the parts that form
a whole. The supervisor
should be leading the walk of the learner within the school,
being a partner of
professionals in the teaching-learning process, recognizing the
importance of seeking
innovations in its actions and ways of ensuring the
participation of the
community, where everyone will be responsible for the good
performance of school.
Key words - community,
supervision, school.
10
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...........................................................................................................10
CAPÍTULO
I...............................................................................................................11
1.0 É PRECISO EMOCIONAR PARA
ENSINAR.......................................................11
1.1 O RESGATE DO ENSINO
SUBJETIVO .............................................................11
1.2 ABORDAGEM
HISTÓRICA..................................................................................12
1.3 A APRENDIZAGEM DA
SUBORDINAÇÃO E DA RESISTÊNCIA NO
COTIDIANO
ESCOLAR.............................................................................................14
1.4 TEORIAS DE
RESISTÊNCIAS............................................................................18
1.5 A PESQUISA DE
CAMPO....................................................................................19
1.6 O CONTEXTO DAS
OBSERVAÇÕES.................................................................19
1.7 O COTIDIANO DA ESCOLA:
APRENDIZAGEM DA SUBORDINAÇÃO E DA
RESISTÊNCIA............................................................................................................20
1.8 IMPASSES (DIFICULDADES)
PELA RESISTÊNCIA..........................................22
CAPÍTULO
II..............................................................................................................24
2.0 HISTÓRICO DA SUPERVISÃO
ESCOLAR.........................................................24
2.1 O PAPEL DA SUPERVISÃO
ESCOLAR..............................................................27
2.1.1 FATORES QUE INTERFEREM
NA ATUAÇÃO DO SUPERVISOR
ESCOLAR..................................................................................................................28
2.2 INTEGRAÇÃO DA PRÁTICA
DOS ESPECIALISTAS EM EDUCAÇÃO..............28
2.2.1 SÃO ATRIBUIÇÕES DO
SUPERVISOR ESCOLAR .......................................31
CAPÍTULO
III.............................................................................................................32
3.0 SUPERVISÃO ESCOLAR:
NOVOS DESAFIOS E PROPOSTAS ......................32
3.1 O SUPERVISOR E O
PLANEJAMENTO.............................................................39
CONCLUSÃO.............................................................................................................42
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................43
ANEXOS.....................................................................................................................49
11
INTRODUÇÃO
O Supervisor fundamenta-se
nos princípios da democratização do processo
pedagógico, na participação
de todos, no compromisso coletivo com os resultados
em consonância com a ação
dos demais profissionais da escola, na perspectiva
interdisciplinar e
contextualizada do ensino, na indissociabilidade entre teoria e
prática, na ética, nos
valores e princípios que regem a vida humana na escola e
comunidade.
A intenção é produzir um
trabalho coletivo em torno de processos mediados
por estudos teóricos e
práticos, de investigação e reflexão crítica da realidade, onde
pretendemos contribuir para
o aperfeiçoamento da competência de planejar,
implementar, acompanhar,
coordenar e avaliar projetos e ações educacionais,
especialmente as ações
desenvolvidas na sala de aula. É de grande valia as
opiniões de profissionais
como elemento coordenador dos processos pedagógicos,
que possa exercer suas
funções de modo a fazer a diferença na escola e na
melhoria do desempenho dos
alunos, mediados pelo trabalho dos professores no
dia-a-dia da sala de aula.
12
CAPÍTULO I
1.0 É PRECISO EMOCIONAR PARA ENSINAR
“O caminho que o levará à
felicidade, não começa nas pessoas e nas coisas
para chegar até você, mas
começa sempre em você para ir aos outros“.
Michel Quoist
1.1 O RESGATE DO ENSINO SUBJETIVO
Para que isso ocorra
precisamos, primeiro, refletir sobre nós mesmos, para
que possamos resgatar a
subjetividade que se perdeu através dos tempos.
De acordo com Carlos Amadeu
Botelho Gyington, Psiquiatra e
Psicoterapeuta, educador e
historiador, em seu livro “A construção Amorosa do
Saber” é necessário voltar
sobre a questão: a diferença entre o currículo,
maravilhoso, enorme e os
alunos que não conseguem nem prestar atenção na aula,
sem motivação.
Essa defasagem resulta em
muito dinheiro gasto e anos de estudo
desperdiçados. O que se
observa é que as pessoas esquecem (Ribeiro, vol.2,
1995).
Se esquecêssemos uns 20%,
30% ou 40% do que aprendemos já seria um
exagero. Mas não, a gente
esquece mais de 90% do aprendizado. Isso porque o
ensino é cognitivo, teórico,
não é vivido.
13
O nosso cérebro, a
personalidade humana apoiada apenas na parte racional,
deixa de lado, 99% do que
recebe, porque os estímulos são muitos. O que
realmente se fixa é o que se
vive, e o que se vive precisa de emoção.
1.2 ABORDAGEM HISTÓRICA
O ensino desde a implantação
do domínio das ciências, no século XVIII,
quando a ciência expulsou a
inquisição, baniu também o subjetivo
(Bethencourt, 2000).
Durante mil e quinhentos
anos, a igreja tomou conta do saber. Já no século
XVI, quando se criou a
imprensa e mesmo antes disso, todos os livros, para serem
copiados, precisavam ter a
inscrição Imprimatur (imprima-se, em latim), depois, nihil
obstat (nenhuma objeção),
dadas pela igreja. E o que isso quer dizer? Uma censura
permanente a toda cultura. E
censura de acordo com a cabeça do Santo Ofício. A
Inquisição foi altamente
dogmática, repressiva e as pessoas eram ameaçadas por
processos terríveis,
torturas. Então, a cultura, durante esses 1.500 anos, sofreu um
cerceamento como nunca se
viu na História da Humanidade.
Quando a ciência se inicia e
começa a crescer, no princípio do século XVI,
com Copérnico, seguido
depois por Galileu e outros grandes da ciência moderna
nos séculos XVII e XVIII,
como Descartes, Kepler, Newton, com todos os grandes
pais da ciência moderna,
havia ainda uma coação enorme. Todos eles se
conheciam e escreviam em
latim. E o medo permeava essa comunidade. Galileu,
príncipe dos cientistas,
fora obrigado a ajoelhar diante dos cardeais, no Vaticano,
para negar que a Terra era
redonda e se movia.
25
CAPÍTULO II
2.0 HISTÓRICO DA SUPERVISÃO ESCOLAR
Em seu início a supervisão
escolar foi praticada no Brasil em condições que
produziam o ofuscamento e
não a laboração da vontade do supervisor. O objetivo
pretendido com a supervisão
que se introduzia, era o de uma educação controlada,
para uma sociedade
controlada, um supervisor controlador e também controlado.
Para que esse supervisor se
fizesse possível foi-lhe dito e sugerido que o controle é
sempre atributo dos que
decidem, ou seja, era passado para os supervisores uma
lição de autoritarismo, e
que eles deveriam ser autoritários. Mas as pessoas e as
instituições crescem,
interrogam-se e interrogam suas circunstâncias, e com isso,
muitas perguntas foram
crescendo, aos poucos o supervisor foi-se integrando à
participação no debate
educacional que se estabelecia. O supervisor/ educador foi
dando conta de que a verdade
não estava pronta e depositada em suas mãos para
que ele a distribuísse, que
só poderiam conhecê-la por seu intermédio. O supervisor
/ educador foi percebendo,
enfim, que sua tarefa não era transmitir uma mensagem
pronta e acabada, mas reunir
os educadores para que eles pudessem elaborar sua
própria mensagem e com ela
tentar mudar para melhor a vida de todas as pessoas a
quem a mensagem pudesse ser
apresentada. O supervisor hoje deve trabalhar de
forma coletiva, com todos da
unidade escolar (professores, direção etc.), para que
se possa fazer uma análise
consciente sobre o cotidiano escolar e do cotidiano da
sociedade, atendendo as
necessidades e aspirações da comunidade escolar, para
uma melhor qualidade de
ensino.
26
Organizar um processo de
formação de supervisores escolares adequado às
necessidades atuais da
sociedade brasileira significa pensar uma proposta de
trabalho que se inicie pela
consideração das aspirações e das necessidades dos
alunos e dos professores ao
lado dos quais o futuro supervisor vai construir sua
prática profissional.
Significa, consequentemente,
formar para a prática coletiva e para a
organização da vontade
coletiva. Ensinar supervisão no Brasil hoje significa
necessariamente pesquisar
supervisão. Pesquisar “para” a supervisão.
Significa, conscientemente,
examinar a prática que se desenvolve e investigar
as situações que possam
contribuir para o desenvolvimento qualitativo dessa
prática. Mas para que esse
saber estruturado sobre supervisão escolar se acumule
será necessário, entretanto,
enfrentar também adequadamente as dificuldades que
se colocam no plano prático
institucional. Nas universidades brasileiras é ainda
extremamente reduzido o
número de pesquisadores que fazem da supervisão
escolar seu objeto de estudo
preferencial. Uma interpretação crítica da burocracia
é, pois, a primeira grande
conquista a se esperar de uma práxis criativa do
supervisor.
A escola, como organização
social, deve se dedicar à reflexão, análise e à
crítica da própria realidade
em que se constitui. É indispensável que o supervisor
da escola se expresse como
educador e especialista. Do supervisor espera-se que
aja como “o cimento possível
da passagem” para a coletividade dos educadores
daquelas iniciativas e
realizações que os pequenos grupos das escolas
conseguirão produzir por seu
apoio e orientação. Do caos teórico – político –
institucional com que hoje
se debate o supervisor, deverá emergir uma práxis
essencialmente pedagógica na
qual o ponto obrigatório de referência constituir-se-á
27
no encaminhamento das
soluções possíveis para as grandes questões do cotidiano
do ensino. Essas soluções
terão que ser construídas em conjunto pelos
educadores.
Constatamos que tanto o
aspecto administrativo, quanto o aspecto
pedagógico, se manifestam
duplamente em nossos sistemas escolares. As duas
práticas não se distinguem
substancialmente. De um lado, a administração
institucionalizada
prepondera sobre a preocupação e a própria realização do ensino
nas salas de aula, de outro
a administração como objeto de estudo não chega a
sofrer a investigação e a
análise que possibilitariam a revisão crítica de seu
significado.
Supervisionar uma escola é
orientar sua administração para a realização do
ensino. O que dá sentido ao
trabalho administrativo / supervisor em educação é o
seu caráter de suporte ao
trabalho pedagógico. O trabalho pedagógico como um
determinante do trabalho
administrativo. O que nos falta, para organizar melhor a
confluência de nossas
subjetividades é considerar que o aspecto administrativo é
também um componente do
trabalho pedagógico. Concluí que, a supervisão poderá
contribuir decisivamente
para o reconhecimento de seu papel de articulador do
projeto pedagógico de uma
coletividade, ou seja, o supervisor trabalhando em
conjunto com todos da
comunidade escolar (professores, alunos, diretores, pais,
etc.), refletindo,
analisando, tendo uma visão crítica tanto da comunidade escolar,
como da sociedade, buscando
a elaboração de uma nova visão de mundo, sendo
solidário, reconhecendo o
indivíduo com a síntese de múltiplas determinações
ajudando a construir a
vontade coletiva que transforma a necessidade em
liberdade, com certeza
teremos um ensino de boa qualidade.
28
2.1 O PAPEL DO SUPERVISOR
ESCOLAR
O Serviço de Supervisão
Escolar torna-se parceira político-pedagógica do
educador para integrar a
formação continuada no qual os saberes e conhecimentos
interagem para a melhoria do
processo ensino-aprendizagem. A prática pelo
processo participativo é
promover o desenvolvimento da autonomia e da
responsabilidade na
construção do conhecimento, do educando com inserção no
contexto sócio- cultural da
comunidade. Segundo Pinzan e Maccarni (2003, p.21) a
Supervisão Escolar,
comprometida com o trabalho coletivo, contribui na formação do
professor na medida em que:
Não se limita ao controle,
ou ao repasse de técnicas aos professores, mas no
sentido de oferecer-lhes
assessoramento teórico-metodológico diante dos problemas
educacionais cotidianos,
cria momentos de reflexão teórico-prática e com o respaldo
da fundamentação teórica e
uma visão do ato de ensinar e de aprender como algo
articulado, coordena tais
discussões. (Referências da REME, 2008, p.43).
Com isso, oportunizar a
formação e o fortalecimento do sentimento de
parceria que por sua vez,
possibilita o consenso, expressa pela solidariedade e
interação em atender as
necessidades do educando. O supervisor na qualidade de
mediador no processo ensino-aprendizagem,
desenvolve com os professores
juntamente com o orientador
e diretor, os valores e os objetivos que fundamentam
as ações, conforme a
filosofia e a política da escola, buscando mudanças no
processo da qualidade na
educação.
29
2.1.1 Fatores que
interferem na atuação do supervisor escolar
*característica pessoal;
*saber técnico;
*comprometimento social e
político;
*expectativas dos pais e
alunos.
2.2 INTEGRAÇÃO DA PRÁTICA
DOS ESPECIALISTAS EM EDUCAÇÃO
A integração nas ações dos especialistas
em educação é importante para a
inserção de propostas
construtivas que permite à ação pedagógica o atingimento
dos objetivos propostos.
Através do acompanhamento da
prática docente e prática discente, ambos
os profissionais poderão
dentro das suas atribuições agregarem valores quanto ao
papel de supervisor escolar
e orientador educacional na escola. Neste sentido, o
supervisor escolar é também
responsável pela leitura de sociedade e de mundo
procurando ir além dos
aspectos individuais que permeiam a sala de aula e todos os
seus elementos conflituosos
e o orientador educacional pela postura metodológica
do
professor.
Ambos, supervisor escolar e
orientador educacional, trabalham para o bom
andamento do trabalho
pedagógico, assim é fundamental que:
· mantenham registros de
acompanhamento da prática docente e discente de
responsabilidade mútua que
possam ser analisados visando à avaliação do cenário
e tomada de decisões em
conjunto;
30
· realizem sessões de estudo
que tratem de temas apropriados para a
fundamentação da prática da
equipe;
· realizem visitas em sala
de aula para acompanhamento da prática de ensino e
aprendizagem;
· elaborem o Plano de Ação
anual e/ou semestral alcançando os objetivos e ações
tendo como suporte o
desempenho acadêmico dos alunos, o perfil dos professores e
da comunidade de pais e/ou
responsáveis pelos alunos articulado com o Plano de
Ação do gestor escolar.
O supervisor escolar e/ou
coordenador escolar precisa ser uma liderança para
conduzir os professores onde
sozinhos não poderiam chegar. Para isto ele deve
apresentar organização no
seu trabalho e dinamismo, ter como suporte o saber
técnico e o comprometimento
com as mudanças sociais e o rumo delas
respondendo às expectativas
da comunidade com que ela precisa e o que quer.
A escola envolve diferentes
segmentos de sujeitos que fazem a sua história,
tecendo seu projeto
educativo.
Nesse contexto, está o
Serviço de Supervisão Escolar, como parte da
Coordenação Pedagógica da
Escola que, juntamente com a Orientação
Educacional, organiza,
orienta e assessora o Corpo Docente a fim de que planeje a
ação pedagógica a ser
desenvolvida com os alunos e alunas na busca da
construção das condições
para que aconteça o processo de ensinar e aprender com
qualidade.
31
Planejar significa pensar o
antes, o durante e o depois, no sentido de
melhorar o fazer pedagógico.
É nessa significação que deve atuar a Supervisão
Escolar na Escola.
Organizar reuniões de
estudos, em que se aprofundam teorias que dão luz às
práticas desenvolvidas é uma
tarefa da supervisão. Para tanto, é necessário,
também, estudar muito, ler
e, principalmente, fazer a leitura do cotidiano das
práticas, diálogos e apelos
dos professores e professoras.
Acompanhar o(a) professor(a)
no seu planejamento, desde os projetos de
ação junto às suas turmas
até suas aulas, faz parte do trabalho do supervisor como
um apoio, indicando caminhos
para a ação-reflexão-ação do professor, da
professora.
É da prática do supervisor
escolar, na Escola, criar espaços de fala para o(a)
professor(a), para que possa
pensar sua ação pedagógica, na perspectiva de buscar
sempre melhores condições de
aprendizagem para todos os alunos e alunas.
O Serviço de Supervisão
Escolar tem como parâmetro para sua ação, o seu
Plano de Ação, por isso esse
é o seu foco de atuação, desde a elaboração,
retomada, aplicação,
execução e avaliação, primando pelo envolvimento e
participação de todos os
envolvidos na Escola.
É de grande importância o
envolvimento da supervisão nos Conselhos de
Classe, nas Reuniões de Pais
e na articulação da Equipe Diretiva no que diz
respeito às questões
pedagógicas.
Tem, pois, a supervisão
Escolar, no contexto da Escola, o compromisso de
fazer acontecer à integração
entre diferentes segmentos e setores, assessorando o
trabalho para a efetivação
do Projeto Político Pedagógico da Escola.
32
2.2.1 São atribuições do
supervisor escolar:
1. Promover reuniões para
integração, através da sensibilização para o trabalho
em equipe;
2. Realizar sessões de
estudos da proposta pedagógica;
3. Promover reuniões e/ou
encontros para troca de experiências e
conhecimentos;
4. Acompanhar, coordenar e
avaliar as reuniões.
5. Realizar encontros
individuais com professores;
6. Acompanhar a prática do
professor.
44
CONCLUSÃO
Após várias pesquisas,
leituras, acabei concordando com a maioria das
pessoas que dizem, “ensinar
é uma arte e servir é um dom”. Para nós Supervisores
Escolares e Pedagogos é
muito mais que isto. É um modo de vida, é o modo como
escolhemos viver. Com suas
dificuldades e seus desafios, com suas recompensas e
suas frustrações.
Se pensarmos que será um mar
de rosas é melhor parar aqui. Mas se quiser
entrar nesta nave chamada
“Conhecimento Humano”, não se arrependerá. Pois trará
um enorme benefício a sua
vida e a de todos que o rodeiam.
A Supervisão Escolar é um
exercício de cidadania, amor, altruísmo e
abnegação onde só os
fortemente determinados terão êxito. Não como todos acham
como riqueza, mas sucesso na
sua vida emocional. Na sua psique, pois nada dá
mais prazer na vida do que
ver seres humanos crescendo no seu Saber e
transformando seus sonhos em
realidade.
Ser Supervisor é dedicar e
buscar o melhor de todo o seu coração, pois
somente lá poderemos
encontrar forças para chegar ao fim da jornada. Pois com
ânimo e determinação tenho
certeza que conseguiremos uma educação de
qualidade para todos, pois
este é o objetivo de todos os educadores, que se
preocupam com uma nação
alfabetizada e preparada para o futuro.
51
ANEXOS
Índice de anexos
Anexo 1. Conteúdo de
Revistas Especializadas
Anexo 2. Entrevistas
Anexo 3. Reportagens
Anexo 4. Questionários
Anexo 5. Artigos
Anexo 6. Testes
Anexo 7. Gincanas Culturais
Anexo 8. Projetos
52
Anexo 9. Fotos
Anexo 10. Prospectos:
A – Educação para o pensar
2005
B – I Simpósio de
Educação/Cursos/Investimentos 12 a 15 de outubro de
2006
C- II Congresso
Internacional de Educação Inclusiva 2010
Anexo 11. Dicas e práticas
para seu dia-a-dia pessoal e profissional
**************