sábado, 27 de julho de 2013

ARTIGO CIENTÍFICO - REGRESSO DOS VALORES




CENTRO UNIVERSITÁRIO CLARETIANO

ESPECIALIZAÇÃO EM SUPERVISÃO

E INSPEÇÃO ESCOLAR

RA 1098262


LUCIRENE MARIA FARIA CARNEIRO

ORIENTADORA: PROFªMs. EUNICE REGINA DE TOLEDO





O REGRESSO DOS VALORES NA ATUAÇÃO DO SUPERVISOR/ INSPETOR ESCOLAR DO SECULO XXI







SÃO JOSE DOS CAMPOS, OUTUBRO DE 2012.
O REGRESSO DOS VALORES NA ATUAÇÃO DO SUPERVISOR/ INSPETOR DO SÉCULO XXI


RESUMO


A função do Supervisor e do Inspetor Escolar merece especial atenção no cenário da educação brasileira na intensificação do trabalho com os valores, consciente do papel social da escola, de modo a oportunizar as reflexões e atitudes que visam ao bem-estar dos cidadãos e o fortalecimento da autonomia dos homens. Por isso, torna-se essencial refletir o mundo atual, fortalecer e renovar as “crenças”, pensamentos e sentimentos, inserindo no processo educacional, valores que possibilitem a formação holística de todo ser humano, pois o mundo precisa de homens que pratiquem a justiça, que sejam generosos e tolerantes. O mundo necessita de homens com ações concretas, que sejam solidários, criativos e compromissados. Só assim teremos no mundo não apenas homens, mas excelência humana. No intuito de promover essa reflexão sobre o regresso dos valores humanos na atuação do supervisor/inspetor do século XXI, abro a discussão nesse artigo, com apoio nas legislações educacionais do Estado de Minas Gerais e nas experiências vividas em instituições diversas, uma vez que é no espaço escolar que se concentra toda a prática pedagógica.

Palavras-chave: Valores humanos. Liderança. Legislação. Mudança. Área Educacional.

1.     INTRODUÇÃO

Atualmente a educação vive um momento delicado, diversos debates para a aquisição de um novo paradigma educacional. A Educação, hoje, neste século XXI não tem mais o aspecto matriarcal ou patriarcal, pois está se vendo como uma empresa e, por isso, seus valores muitas vezes se perdem, pois todos os envolvidos no sistema educativo, mais especificamente, supervisores e inspetores não estão sabendo gerenciar este novo perfil. Tem-se que focar em novas estratégias que provoquem mudanças de paradigma para uma educação democrática e de qualidade (HERNÁNDEZ, 1998).
Embora se considere que não cabe à escola sozinha realizar todas as mudanças necessárias, tem-se uma profunda convicção de que compete a esta instituição um importante papel. Por isso, ela, numa perspectiva intercultural da educação, alia-se a outras instituições culturais.
Daí a necessidade de ser autônoma. Sem autonomia a escola não poderá ser multicultural e cumprir sua nova função social. Ela deve estabelecer contato com outras escolas, possibilitar encontros, viagens e toda sorte de projetos próprios de cada escola que a constituam num organismo vivo e atuante no seio da própria sociedade (GADOTTI, 2005, p.313 ). Afinal, a escola não pode manter-se alheia ou indiferente à formação de uma cultura de respeito à dignidade humana e a valores como liberdade, justiça, igualdade e solidariedade (CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988, art. 3º, item I).
No entanto, a escola deve (re)considerar-se como uma organização democrática em que a comunicação se fundamente no diálogo que visa o respeito aos princípios, como a sinceridade, a inclusão de todos os interlocutores gerando uma consciência crítica, reconhecendo em cada um o direito de expressar os seus interesses. Deve, ainda, promover o desenvolvimento de capacidades de participação num coletivo, sempre à procura de uma decisão final que expresse os interesses de todos.
Como organização, a escola deve incluir e trabalhar para o resgate dos princípios de justiça, de igualdade e dos direitos humanos (Lei 12767/98, art.1º e art. 2º) em face de uma educação multicultural, respeito à diversidade e pluralidade, respondendo, assim, a alguns dos desafios que se colocam à educação nestes tempos de globalização (GADOTTI, 2005, p.311).
Nestes tempos, coloca-se à escola outro desafio: o de educar para uma cidadania global. O convívio crescente com a diversidade étnica, cultural, social e lingüística trazem questões a serem trabalhadas no cotidiano escolar. É preciso tratar essas questões de forma democrática, participativa e solidária., uma vez que representam  uma oportunidade de enriquecimento e transformação do trabalho pedagógico para os gestores, supervisores/inspetores, professores, bem como para toda a comunidade escolar.
Por isso se torna indispensável contribuir para uma formação de gestores, supervisores/inspetores, professores informados, reflexivos e críticos, cidadãos da era de globalização (ALARCÃO, 2003). Eles devem ainda ser capazes de se distanciarem da sua cultura e de seus valores de origem e, sem os perder, olhar “segundo a perspectiva da cultura do outro “, valorizando-a. É preciso ainda que promovam o respeito pelas diversidades e identidades várias dos seus alunos. No entanto, é preciso ajudar a unificar e a compreender harmoniosamente, para que o sujeito possa realizar as suas escolhas em liberdade e se sentir implicado e comprometido com uma educação para a cidadania democrática e responsável – o reconhecimento de um novo modo de viver em permanente construção, uma forma acrescida de estar e de viver com os outros.
Segundo Alarcão (2003, cap. I), a reorganização de valores, reorganiza as competências do cidadão atual, desenvolvendo novas competências numa formação holística (integral).
Portanto, o resgate dos valores resulta em possibilidades de inovação e de verdadeira humanização nos ambientes de trabalho (FREITAS Apud STANO, 2009, p.03).
A escola vista como uma organização social, cultural e humana, tem seu papel definido num processo de participação efetiva para o desenvolvimento dos projetos a serem executados.
A equipe SEE (Secretaria Estadual de Educação), SREs (Superintendências Regionais de Ensino), Inspetores/Supervisores, Professores, é responsável pela administração, coordenação e organização do espaço escolar, dos segmentos que compõem a escola e da construção do conhecimento do processo de aprender através de cursos de PNL (Programação Neurolinguística), Planos de Desenvolvimento Profissional para perceberem as oportunidades em seu trabalho e saberem desenvolver as habilidades e competências para o sucesso.
Cabe à inspeção/supervisão assistir o corpo docente, dinamizar a operacionalização do método educativo na escola, coordenando-o, com o sentido de promover a melhoria do processo ensino-aprendizagem.
A supervisão/inspeção e o corpo docente precisam unir-se em prol de uma educação de qualidade, desenvolvendo um trabalho conjunto, imbuídos da intenção pedagógica-administrativa com observância e respeito aos valores éticos (Código de Conduta Ética do Servidor Público e da Alta Administração, decreto nº 43.885, Abril - 2005 ), sociais, espirituais e morais (Constituição de MG, cap. I, §9º,item III) e (Constituição de 1988, tít. I, art. 4º, item VII).


2.      PODER  x  AUTORIDADE
Este trabalho buscará apoio básico em pesquisas na internet e livros na área de Supervisão e Inspeção Escolar, educação em geral e, projetos sociais de autores como AUGUSTO CURY(2008 ), JAMES HUNTER (2006), MAURICE TARDIF(2000).
Além disso, exemplos práticos quanto às situações vivenciadas nas escolas e novos métodos descritivos e de análise qualitativa, na área de gestão de pessoas serão importantes na condução do trabalho.
A consulta bibliográfica disponibilizada pela Biblioteca Virtual do Instituto Universitário Claretiano e sites sugeridos pela professora orientadora também serão uma maneira de pesquisar materiais mais atualizados a fim de elaborar o artigo. Além das fontes de consultas citadas, as anotações dos encontros no polo incrementarão o artigo com informação adicional.
Através da vivência da autora, como professora- educadora de Língua Inglesa há 18 anos em várias escolas da Rede Pública e Particular no Sul do Estado de Minas Gerais e, com especialização em Supervisão Escolar, observando e analisando a interação de supervisores/inspetores junto ao corpo docente de 03 (três ) escolas verificou-se que suas funções ideais não são apenas fazer cumprir as leis e agir com autoritarismo, mas lembrar que esta relação é com seres humanos, que pensam, sentem e sofrem nesta fase de transição da educação neste século XXI .
O papel social da escola nos tempos atuais, tem na função do supervisor e do inspetor, a capacidade de pensar e agir com inteligência, equilíbrio, liderança e autoridade, valores que requerem habilidade para exercer suas atividades de forma responsável e comprometida.
Como diz, HUNTER (2006)  “Ao trilhar este caminho, é importante não confundir poder com autoridade. A autoridade inspira as outras pessoas a fazer as coisas com boa vontade, o poder as obriga. A liderança servidora é um estilo de vida – ela não é conquistada, mas sim construída com serviço e sacrifício”

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4 comentários:

  1. Lú, ficou excelente, tem tudo a ver com o momento atual, a visita do Papa, o pensamento deste com relação a juventude na JMJ no rio de Janeiro/2013,enfim, você está de parabéns e continue investindo nessas ricas informações.

    Lucimiltofcarneiro@hotmail.com

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    1. Muito obrigada, mano!!! Nós cremos nesta verdade de resgate dos valores humanos intrínsecos à convivência neste século de transição , de tantas mudanças!!! Que Deus te abençoe sempre , bjsss Lu Carneiro

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  2. Amém Lu! Te amo ....

    lucimiltofcarneiro@hotmail.com

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  3. Lu parabéns!!! Arrasou como sempre!!! Bjoos Vanessa

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