CENTRO UNIVERSITÁRIO CLARETIANO
ESPECIALIZAÇÃO EM SUPERVISÃO
E INSPEÇÃO ESCOLAR
RA 1098262
LUCIRENE
MARIA FARIA CARNEIRO
ORIENTADORA:
PROFªMs. EUNICE REGINA DE TOLEDO
O REGRESSO DOS
VALORES NA ATUAÇÃO DO SUPERVISOR/ INSPETOR ESCOLAR DO SECULO XXI
SÃO JOSE DOS
CAMPOS, OUTUBRO DE 2012.
O REGRESSO DOS VALORES NA ATUAÇÃO DO SUPERVISOR/ INSPETOR
DO SÉCULO XXI
RESUMO
A função do Supervisor e do Inspetor Escolar merece especial atenção no
cenário da educação brasileira na intensificação do trabalho com os valores,
consciente do papel social da escola, de modo a oportunizar as reflexões e
atitudes que visam ao bem-estar dos cidadãos e o fortalecimento da autonomia
dos homens. Por isso, torna-se essencial refletir o mundo atual, fortalecer e
renovar as “crenças”, pensamentos e sentimentos, inserindo no processo
educacional, valores que possibilitem a formação holística de todo ser humano,
pois o mundo precisa de homens que pratiquem a justiça, que sejam generosos e
tolerantes. O mundo necessita de homens com ações concretas, que sejam
solidários, criativos e compromissados. Só assim teremos no mundo não apenas
homens, mas excelência humana. No intuito de promover essa reflexão sobre o
regresso dos valores humanos na atuação do supervisor/inspetor do século XXI,
abro a discussão nesse artigo, com apoio nas legislações educacionais do Estado
de Minas Gerais e nas experiências vividas em instituições diversas, uma vez
que é no espaço escolar que se concentra toda a prática pedagógica.
Palavras-chave: Valores humanos.
Liderança. Legislação. Mudança. Área Educacional.
1.
INTRODUÇÃO
Atualmente a educação vive um momento delicado, diversos debates para a
aquisição de um novo paradigma educacional. A Educação, hoje, neste século XXI
não tem mais o aspecto matriarcal ou patriarcal, pois está se vendo como uma
empresa e, por isso, seus valores muitas vezes se perdem, pois todos os
envolvidos no sistema educativo, mais especificamente, supervisores e
inspetores não estão sabendo gerenciar este novo perfil. Tem-se que focar em
novas estratégias que provoquem mudanças de paradigma para uma educação
democrática e de qualidade (HERNÁNDEZ, 1998).
Embora se considere que não cabe à escola sozinha realizar todas as
mudanças necessárias, tem-se uma profunda convicção de que compete a esta
instituição um importante papel. Por isso, ela, numa perspectiva intercultural
da educação, alia-se a outras instituições culturais.
Daí a necessidade de ser autônoma. Sem autonomia a escola não poderá ser
multicultural e cumprir sua nova função social. Ela deve estabelecer contato
com outras escolas, possibilitar encontros, viagens e toda sorte de projetos
próprios de cada escola que a constituam num organismo vivo e atuante no seio
da própria sociedade (GADOTTI, 2005, p.313 ). Afinal, a escola não pode
manter-se alheia ou indiferente à formação de uma cultura de respeito à
dignidade humana e a valores como liberdade, justiça, igualdade e solidariedade
(CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988, art. 3º, item I).
No entanto, a escola deve (re)considerar-se como uma organização
democrática em que a comunicação se fundamente no diálogo que visa o respeito
aos princípios, como a sinceridade, a inclusão de todos os interlocutores
gerando uma consciência crítica, reconhecendo em cada um o direito de expressar
os seus interesses. Deve, ainda, promover o desenvolvimento de capacidades de
participação num coletivo, sempre à procura de uma decisão final que expresse
os interesses de todos.
Como organização, a escola deve incluir e trabalhar para o resgate dos
princípios de justiça, de igualdade e dos direitos humanos (Lei 12767/98,
art.1º e art. 2º) em face de uma educação multicultural, respeito à diversidade
e pluralidade, respondendo, assim, a alguns dos desafios que se colocam à
educação nestes tempos de globalização (GADOTTI, 2005, p.311).
Nestes tempos, coloca-se à escola outro desafio: o de educar para uma
cidadania global. O convívio crescente com a diversidade étnica, cultural,
social e lingüística trazem questões a serem trabalhadas no cotidiano escolar.
É preciso tratar essas questões de forma democrática, participativa e
solidária., uma vez que representam uma
oportunidade de enriquecimento e transformação do trabalho pedagógico para os
gestores, supervisores/inspetores, professores, bem como para toda a comunidade
escolar.
Por isso se torna indispensável contribuir para uma formação de
gestores, supervisores/inspetores, professores informados, reflexivos e
críticos, cidadãos da era de globalização (ALARCÃO, 2003). Eles devem ainda ser
capazes de se distanciarem da sua cultura e de seus valores de origem e, sem os
perder, olhar “segundo a perspectiva da cultura do outro “, valorizando-a. É
preciso ainda que promovam o respeito pelas diversidades e identidades várias
dos seus alunos. No entanto, é preciso ajudar a unificar e a compreender
harmoniosamente, para que o sujeito possa realizar as suas escolhas em
liberdade e se sentir implicado e comprometido com uma educação para a
cidadania democrática e responsável – o reconhecimento de um novo modo de viver
em permanente construção, uma forma acrescida de estar e de viver com os
outros.
Segundo Alarcão (2003, cap. I), a reorganização de valores, reorganiza
as competências do cidadão atual, desenvolvendo novas competências numa
formação holística (integral).
Portanto, o resgate dos valores resulta em possibilidades de inovação e
de verdadeira humanização nos ambientes de trabalho (FREITAS Apud STANO, 2009,
p.03).
A escola vista como uma organização social, cultural e humana, tem seu
papel definido num processo de participação efetiva para o desenvolvimento dos
projetos a serem executados.
A equipe SEE (Secretaria Estadual de Educação), SREs (Superintendências
Regionais de Ensino), Inspetores/Supervisores, Professores, é responsável pela
administração, coordenação e organização do espaço escolar, dos segmentos que
compõem a escola e da construção do conhecimento do processo de aprender
através de cursos de PNL (Programação Neurolinguística), Planos de
Desenvolvimento Profissional para perceberem as oportunidades em seu trabalho e
saberem desenvolver as habilidades e competências para o sucesso.
Cabe à inspeção/supervisão assistir o corpo docente, dinamizar a
operacionalização do método educativo na escola, coordenando-o, com o sentido
de promover a melhoria do processo ensino-aprendizagem.
A supervisão/inspeção e o corpo docente precisam unir-se em prol de uma
educação de qualidade, desenvolvendo um trabalho conjunto, imbuídos da intenção
pedagógica-administrativa com observância e respeito aos valores éticos (Código
de Conduta Ética do Servidor Público e da Alta Administração, decreto nº
43.885, Abril - 2005 ), sociais, espirituais e morais (Constituição de MG, cap.
I, §9º,item III) e (Constituição de 1988, tít. I, art. 4º, item VII).
2.
PODER x AUTORIDADE
Este trabalho buscará apoio básico em pesquisas na internet e livros na
área de Supervisão e Inspeção Escolar, educação em geral e, projetos sociais de
autores como AUGUSTO CURY(2008 ), JAMES HUNTER (2006), MAURICE TARDIF(2000).
Além disso, exemplos práticos quanto às situações vivenciadas nas
escolas e novos métodos descritivos e de análise qualitativa, na área de gestão
de pessoas serão importantes na condução do trabalho.
A consulta bibliográfica disponibilizada pela Biblioteca Virtual do
Instituto Universitário Claretiano e sites sugeridos pela professora
orientadora também serão uma maneira de pesquisar materiais mais atualizados a
fim de elaborar o artigo. Além das fontes de consultas citadas, as anotações
dos encontros no polo incrementarão o artigo com informação adicional.
Através da vivência da autora, como professora- educadora de Língua
Inglesa há 18 anos em várias escolas da Rede Pública e Particular no Sul do
Estado de Minas Gerais e, com especialização em Supervisão Escolar, observando
e analisando a interação de supervisores/inspetores junto ao corpo docente de
03 (três ) escolas verificou-se que suas funções ideais não são apenas fazer
cumprir as leis e agir com autoritarismo, mas lembrar que esta relação é com
seres humanos, que pensam, sentem e sofrem nesta fase de transição da educação
neste século XXI .
O papel social da escola nos tempos atuais, tem na função do supervisor
e do inspetor, a capacidade de pensar e agir com inteligência, equilíbrio,
liderança e autoridade, valores que requerem habilidade para exercer suas
atividades de forma responsável e comprometida.
Como diz, HUNTER (2006) “Ao
trilhar este caminho, é importante não confundir poder com autoridade. A
autoridade inspira as outras pessoas a fazer as coisas com boa vontade, o poder
as obriga. A liderança servidora é um estilo de vida – ela não é conquistada,
mas sim construída com serviço e sacrifício”
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Lú, ficou excelente, tem tudo a ver com o momento atual, a visita do Papa, o pensamento deste com relação a juventude na JMJ no rio de Janeiro/2013,enfim, você está de parabéns e continue investindo nessas ricas informações.
ResponderExcluirLucimiltofcarneiro@hotmail.com
Muito obrigada, mano!!! Nós cremos nesta verdade de resgate dos valores humanos intrínsecos à convivência neste século de transição , de tantas mudanças!!! Que Deus te abençoe sempre , bjsss Lu Carneiro
ExcluirAmém Lu! Te amo ....
ResponderExcluirlucimiltofcarneiro@hotmail.com
Lu parabéns!!! Arrasou como sempre!!! Bjoos Vanessa
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